O consulado
Passados dez anos do inicio da revolução, a França estava longe da estabilidade politica, econômica e social desejada. De um lado, a ordem era perturbada por pressões populares, que exigiam medidas capazes de acabar com a pobreza e a miséria que vivia grande parte da população do campo e das cidades. De outro, a burguesia, camada social que havia liderado a revolução, via seus negócios sucumbirem em função das constantes crises econômicas e politicas e cobrava mudanças no governo.
No dia 18 Brumário (9 de novembro de 1799), Napoleão Bonaparte, dissolveu o Diretório e criou o Consulado, concentrando em suas mãos a maior parte do poder. Em menos de um mês foi redigida uma nova Constituição, que deu a ele o título de primeiro cônsul da França, órgão formado por três cônsules, entre os quais se incluía. Napoleão promoveu reformas, uma de suas primeiras medidas foi reaproximar- se da Igreja católica, cujas relações com o Estado encontravam-se rompidas desde o período do Terror. Para normalizar a situação econômica, Bonaparte incentivou a industrialização e gerou uma grande quantidade de empregos ao iniciar um programa de obras publicas, com a construção de estradas e portos e a urbanização de cidades.
Ao mesmo tempo, anistiou os nobres que haviam se exilado no exterior, reorganizou o sistema de cobrança de impostos, criou uma nova moeda e promoveu reformas educacionais.
Já em 1802 um plebiscito deu a Napoleão o titulo de cônsul vitalício. Dois anos depois outra consulta popular aprovou o fim do Consulado e a transformação da França em Império. Com isso, a Primeira Republica chegava ao fim, e Napoleão era proclamado imperador. Disposto a transformar a França no maior império da Europa.